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Por quais vias os medicamentos podem ser administrados?

Você já atua com enfermagem ou pretende fazer seu curso técnico na área?

É bem comum que surjam questões como essa: por quais vias os medicamentos podem ser administrados? 

Sim, eles podem ser introduzidos no corpo por uma série de caminhos: engolidos diretamente pela boca, aplicados sob a língua ou no espaço entre a gengiva e a bochecha, podem entrar pelo ânus, ser injetados na veia, enfim, até mesmo colocados nos olhos, nos ouvidos ou sobre a pele. 

Mas qual a diferença? Quais as vantagens e especificidades de cada forma de aplicação?

Conhecer essas respostas é fundamental para garantir o bem-estar e a segurança da pessoa medicada.

Continue aqui com a gente. Nós, do Mova, preparamos este blog para esclarecer o que você precisa saber sobre o assunto. 

Você vai ver:

  • Quais as vias de administração dos medicamentos 
  1. Via oral
  2. Via parental intravenosa (IV), subcutânea (SC), muscular (IM) ou intratecal
  3. Via sublingual ou via bucal
  4. Via retal ou via vaginal
  5. Via ocular ou via otológica
  6. Via nasal
  7. Por inalação ou por nebulização
  8. Via cutânea tópica ou sistêmica
  9. Via transdérmica
  • Onde encontrar esses e outros conhecimentos para o seu crescimento profissional

Quais as vias de administração dos medicamentos

  1. Via oral – engolidos pela boca

É a forma mais comum, a que todos estão mais acostumados. Em geral também é a mais segura e a menos onerosa. 

É quando um comprimido, uma cápsula, uma pílula e até a versão líquida do remédio são ingeridos pela boca. 

Para isso, uma condição básica é que a pessoa consiga deglutir normalmente. 

Mas existem também algumas situações específicas que fazem com que a opção nem sempre seja a mais indicada. 

Para começar, o medicamento via oral normalmente só é absorvido quando chega ao intestino delgado (o que pode levar um tempo). No trajeto até lá, parte da sua química é alterada, reduzindo a quantidade da solução que efetivamente alcança a corrente sanguínea. Isso faz com que essa forma de administração exija uma dosagem mais forte.

Além disso, alguns medicamentos irritam o trato digestivo, outros são mal absorvidos ou destruídos pelo ácido e pelas enzimas digestivas. 

Resumidamente, a administração via oral não deve ser feita quando:

  • a pessoa não consegue tomar remédio pela boca
  • a ação do medicamento deve ser urgente 
  • é necessária uma dose muito elevada
  • o trato digestivo do paciente não absorve como deve o que foi ingerido
  1. Via parental intravenosa (IV), subcutânea (SC), intramuscular (IM) ou intratecal – injetados respectivamente na veia, sob a pele, no músculo ou no espaço ao redor da medula espinhal 

As aplicações desses tipos são feitas fora do trato gastrointestinal. E exigem o  auxílio de uma injeção. 

  • A intravenosa é quando a agulha é espetada na veia. A vantagem é que o medicamento chega direto na corrente sanguínea, garantindo efeito imediato. 
  • Na subcutânea, o fármaco, que é inserido no tecido adiposo, se move para os pequenos vasos capilares e é transportado pela corrente sanguínea.
  • Na intramuscular, a injeção é feita num músculo (do braço, da coxa ou da nádega). A opção é mais indicada do que a subcutânea em casos de dosagem maiores. O tempo de absorção do produto vai depender do suprimento de sangue para o músculo que, sendo maior, acelera o processo.
  • Já a intratecal é recomendada nos casos em que se espera um efeito rápido ou direcionado no cérebro, na medula espinal ou nas meninges. Na prática, anestésicos e analgésicos, como a morfina, por exemplo, costumam ser injetados dessa maneira
  1. Via sublingual ou via bucal – dissolvidos sob a língua ou entre a gengiva e a bochecha

O que acontece nessas formas de administração é que as medicações são deixadas inteiras sob a língua (via sublingual) ou entre a gengiva e os dentes (via bucal). Nesses locais, elas acabam sendo dissolvidas e absorvidas pelos pequenos vasos sanguíneos da região. 

Ou seja: não são ingeridas, não passam pela parede intestinal e não demoram a fazer efeito. Afinal seguem rapidamente para a corrente sanguínea. 

Um quadro que normalmente pede a opção sublingual é o das crises de hipertensão, que precisam de soluções emergenciais.

O ponto fraco é que existem poucos remédios que podem ser tomados desse jeito. A maior parte não seria absorvida de maneira completa ou adequada. 

  1. Via retal ou via vaginal – inseridos pelo reto ou pela vagina

Várias medicações via oral também são encontradas em forma de supositório e aplicadas via retal. Para isso, elas são misturadas com uma substância cerosa (que se dissolve ou vira líquido depois de introduzida no corpo). 

Uma das vantagens desse tipo de administração é que a absorção do que está entrando no organismo é bem rápida. Principalmente porque o revestimento do reto é fino e a região é bem irrigada de sangue. 

É uma ótima alternativa, por exemplo, quando o paciente está com náuseas, não pode deglutir ou tem restrições alimentares.

Já as aplicações pela vagina podem ter os formatos de solução, comprimido, creme, gel, supositório ou anel. E a absorção do medicamento, que é feita pela parede vaginal, é bastante lenta.  

  1. Via ocular ou via otológica – introduzidos pelos olhos ou pelos ouvidos

A administração via ocular é aquela em que o fármaco é introduzido pelos olhos. E é usada em geral para resolver questões locais. Ou seja, para tratar quadros oftalmológicos, como glaucoma e conjuntivite, para citar alguns exemplos. 

O formato final do produto (resultado da mistura da medicação com outras substâncias inativas) pode ser líquido, gel ou pomada. 

Uma vantagem das versões líquidas (os colírios) é que são facilmente aplicadas. Para compensar, podem sair dos olhos com grande rapidez. Ou seja, não têm a absorção ideal. 

Os géis e as pomadas resolvem esse problema. Conseguem manter o medicamento por mais tempo ali na região. A desvantagem é que podem provocar um embaçamento de visão. 

Os remédios que entram pelos ouvidos (via otológica) são basicamente utilizados para tratar inflamações ou infecções nesses órgãos da audição, sendo administrados diretamente na região afetada. 

Em geral, são gotas aplicadas no canal auricular externo, após cuidadosa limpeza local. Como elas mal entram na corrente sanguínea, não costumam provocar qualquer efeito colateral. 

  1. Via nasal – inalados pelo nariz e absorvidos pelas membranas nasais

Diferentemente das soluções acima – usadas muito mais para tratar problemas locais – os medicamentos administrados por via nasal podem ser indicados, por exemplo, para:

  • o paciente parar de fumar
  • problemas de osteoporose
  • enxaquecas
  • alergias etc.

Para ser inalado e absorvido pela fina membrana da mucosa que reveste o nariz, o remédio tem que ser transformado em minúsculas gotículas no ar (atomizado). Dali, ele entra na corrente sanguínea e normalmente tem efeito rápido.

Mas pode acontecer de alguns irritarem as vias nasais. 

  1. Por inalação ou por nebulização – aspirados até os pulmões, a partir da boca ou pela boca e o nariz

A inalação é quando o medicamento é administrado apenas pela boca para chegar aos pulmões. 

Ele também precisa ser atomizado, mas em partículas ainda menores do que as que são introduzidas no organismo por via nasal. 

Só com tamanhos bastante reduzidos, é possível que elas passem pela traqueia para chegar ao seu destino. Por sinal, quanto menores essas gotículas, mais profundamente o fármaco entrará nos pulmões e, consequentemente, maiores serão a sua absorção e a quantidade passada para a corrente sanguínea. 

A inalação é uma forma muito usada para tratar problemas nos pulmões e também para administrar gases da anestesia geral.

Na nebulização, quando a aspiração é feita ao mesmo tempo pelo nariz e pela boca, os medicamentos também devem ser aerolizados em partículas mínimas para alcançarem os pulmões. 

Normalmente ela é feita com dispositivos especiais (como sistemas ultrassônicos ou nebulizadores a jato) e o uso apropriado desses recursos ajuda a aumentar a quantidade de produto liberado nesses órgãos. Não se deve esquecer, por exemplo, que eles precisam ser rigorosamente higienizados. 

  1. Via cutânea tópica ou sistêmica – aplicados num local específico ou no corpo todo

Os medicamentos aplicados sobre a pele são misturados com substâncias inativas e, dependendo da consistência que elas tenham, o resultado pode ser pomada, creme, loção, solução, pó ou gel. 

Em geral, eles são mais usados de forma tópica, ou seja, de maneira localizada, no caso, para resolver problemas superficiais da pele. 

Mas também existem alguns que devem ser aplicados no corpo todo (os sistêmicos) e entram na corrente sanguínea para surtir efeito.

  1. Via transdérmica – colocados na pele por meio de um adesivo para efeito sistêmico (do corpo todo)

Assim como na aplicação cutânea sistêmica, os medicamentos via transdérmica atingem o corpo todo quando entram na corrente sanguínea. Mas, no caso, o produto usado é um adesivo sobre a pele

São recomendados para administrações que precisam ser lentas, mas constantes. Especialmente nos casos em que os remédios são rapidamente eliminados pelo organismo. Até porque com esse recurso, os níveis do fármaco que entra podem ser mantidos de certa forma constantes. E, assim, eles não precisam ficar sendo tomados o tempo todo. 

Um cuidado que se deve ter é que é possível que o adesivo irrite a pele. Outro é que deve ser usado apenas quando a prescrição diária é de doses mais baixas. 

Um dos exemplos mais conhecidos de aplicação por essa via é para tratamentos de quem quer largar o cigarro.

Onde encontrar esses e outros conhecimentos para o seu crescimento profissional

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